segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Homenagem a Duda, minha eterna mamaezinha!


14. Duda_ Amor de Mãe



Depois que Billy fugiu, nós ficamos muito abatidos e tristes pelo fato de não o termos mais conosco. Dolly também sentiu muito e nos deixava preocupados. Ela sempre era a primeira a entrar em casa e quando Billy ainda estava por lá, virava para ele, latia e ameaçava-o morder. Depois que ele fugiu Dolly continuava a entrar em casa do mesmo jeito. Ela virava, latia e mordia o ar, pois já não tinha ninguém. Foi então que percebemos que Dolly precisaria de mais um companheiro.
Desta vez escolhemos uma fêmea e como de costume procuramos Tia Elaine, amante dos cachorrinhos. E ela nos disse que sua cadela mais jovem, a Jude, daria em poucos dias a luz a vários filhotes. Eu não escolhi pois tinha poucas fêmeas, mas a minha tia escolheu para mim a cadela mais bonita da cria. Ela era forte, com nariz grande, patas bem curtas e grossas e olhos miúdos. Era uma daschund marrom das mais elegantes. Duda foi o seu nome escolhido.
Duda já veio um pouco grande para casa, ao contrário dos outros cachorros e por isso no início foi difícil. Duda tinha três meses quando eu tive que colocar para dormir. Na primeira noite ela chorou, mas logo depois ela já estava enturmada, mordendo o calcanhar de Dolly.
Duda cresceu e com ela a responsabilidade de ser mãe, podíamos ver que ela poderia dar boas crias. Nós esperamos ela completar um ano para colocar para cruzar e esperamos um macho interessante. Quando ela estava pronta nós arranjamos um, não era de pedigree como a Duda, mas era o simpático Nick, o marido que daria muitos filhotes a Duda.
Com ele foram duas crias: a primeira Duda teve uma fêmea e cinco machos, na segunda teve duas fêmeas e quatro machos. Duda sofreu para dar vida a todos eles. Como era um pouco obesa e baixinha, sentia muita falta de ar, suas pernas curtas faziam muito esforço para carregar o peso de sua barriga que crescia demais até porque eram seis filhotes. A dor às vezes era tão grande que ela nos procurava para pedir ajuda. Mas na hora do parto, Duda se saia muito bem. Uma parteira de primeira. Como Deus faz tudo perfeito. Um a um Duda ia retirando a placenta que os envolviam e quando tudo estava limpo, Duda lambia as narinas dos filhotes, e eles como num passo de mágico davam o seu primeiro suspiro neste mundo terreno.
Duda era uma mãe completa, o seu cuidado era com todos e por toda a parte, até mesmo quando eles estavam crescidos, com dois meses, ela os vigiava. E numa destas guaritas Duda começou a latir e olhar para a geladeira. Duda nunca tinha feito isso. Para pedir comida, Duda chorava, não latia e nunca tinha latido tão forte. Eu na mesma hora percebi que havia algo errado. Quando eu observei os cantos da geladeira eu avistei uma bola peluda e marrom. Era um dos filhotes da Duda, e uns dos mais bagunceiros. E ela sabia disso, por isso clamou a todos que estavam naquele lugar para tirar dali o seu filhote amado.
Com o mesmo filhote teve outro acontecimento. Ele corria demais, e era muito esperto, não se aquietava, tinha muita energia para gastar. Como ele era muito rápido, minha mãe não o viu, e colocou os pés da cadeira no rabinho dele. Escandaloso, Paquito, nome que chamávamos carinhosamente, deu um berro que desorientou Duda, ela não sabia o que fazer, queria até levá-lo na boca, mas ele não cabia mais. Paquito sentindo muita dor deitou em cima da cômoda que ficava na sala. Duda deitou logo abaixo e ficou ali por muito tempo até o Paquito sentir melhor e partir para outra. Que mãe!   Duda me ensinou o jeito certo de amar seus filhotes.
Duda sempre foi uma cachorra muito prestimosa como diz meu pai. Ela sempre estava fazendo a sua função de mãe zelosa e carinhosa, limpando os que estavam sujos de xixi e coco, dava mama aos que estavam com fome, vigiava-os e brincava com eles mesmo que muita das vezes os derrubava e os pisava. Mesmo grandes, Duda comia as fezes que os filhotes faziam. Eu acho que ela tinha alguma mania por limpeza. Nós sempre a advertíamos e a censurava, pois além de nojento era perigoso. Os filhotes já tinham sido vermifugados, ela poderia ficar doente. Mas Duda não cessava, queria deixar seus filhotes sempre limpos e fortes. O fato é que ela conseguiu, seus filhos fizeram grande sucesso na feira de animais, não sobrou nenhum. Só que o que tínhamos medo aconteceu.
Duda logo depois que os cachorros foram embora, eliminou sangue. Meu pai vendo ficou horrorizado a levou logo a veterinária. E para a não surpresa de todos, Duda estava com verme. Duda quase morreu e nós passamos o natal e ano novo preocupados. Gastamos tudo o que recebemos na feira com a Duda, mas pelo menos recebemos a Duda de volta, sã e salva. Depois disso, nós resolvemos nunca mais deixar a Duda cruzar apesar dela gostar e saber que sua função é ser mãe
Duda foi uma mãe e tanto e nos ensina o verdadeiro amor de uma mãe. Duda se sacrificou para ver seus filhotes limpos e saudáveis. Um amor que os vigiava e que os acompanhava até o fim. Quantos exemplos de mães nós temos na bíblia. Exemplos de mãe que ficou aos pés da cruz e perto do sofrimento de seu filho Jesus. Mãe que vigiou os corpos de seus filhos para que nenhum animal os pudesse consumir (II Samuel 21:1-14)Mãe que teve a coragem de enviar seu filho nas águas do Jordão como em Êxodo 2:3.   O amor de mãe é tão forte que pode se comparar com o amor de Deus. Deus nos ama como mãe e pai, Ele cuida, se sacrifica por nós, nos guarda, nos alimenta com seu espírito, nos abençoa com presentes e nos ensina no caminho em que devemos andar. Por mais perdidos que possamos estar Deus nos encontra atrás da geladeira, e Ele nos conhece muito antes da nossa gestação. Buscar este amor profundo e inteiro deve ser o nosso objetivo de vida experimentando tudo de bom que nosso pai tem guardado para nós. E da mesma forma devemos buscar revelar em nós este amor de mãe, capaz de fazer tudo para suas crias. Sejam carinhosos, amorosos com os  seus filhos, família, e amigos. Seja corajosa e loucamente apaixonada pela vida e pela geração da vida, seja física ou espiritual.

domingo, 7 de outubro de 2012

É preciso expulsar os morcegos!

Na segunda semana do prático no sertão, fomos até Violeto, um povoado do munícipio de Fernando Falcão a 94km de Barra do Corda. Um local simples mais muito encantador. Na casa que iríamos dormir encontramos muito morcegos pois a casa estava fechada há dias e por isso virou recinto dos amigos da noite. Então para fixarmos morada teríamos que expulsá-los.

Resolvemos entrar na casa mesmo com os morcegos para estruturar a base e foi designado que os homens, 2 obreiros, iriam lutar com os morcegos e nós mulheres, 3 obreiras, iriam limpar a bagunça da casa. Foram muitas as tentativas, mas os morcegos eram ágeis e não queriam sair. As crianças brincavam com a situação e no final foram elas que enfim mandaram os morcegos embora, a vassouradas!

Às vezes quando nos fechamos por algum motivo e passamos a viver de aparências sem um envolvimento real com Cristo, nossos quartos e salas ficam abandonados a escuridão. O morcego gosta do escondido, do escuro, assim como o inimigo de nossas almas. Revolta, inveja, falta de perdão, pecados não confessados fazem surgir dentro de nossos quartos e salas morcegos, ou seja, sentimentos que nos afastam de Deus.

A transparência é o melhor jeito da Estrela da Manhã entrar nas nossas vidas e fazer diferença na luta contra o pecado. E a transparência é não ter medo de mostrar quem somos, nossas fraquezas, nossas debilidades. Somos fracos, somos muito fracos, e nós na nossa maravilhosa soberba queremos parecer fortes, porém tudo falso. O homem mais perfeito que existiu não teve medo de chorar, de rir, de sentir raiva. Jesus não teve medo de ser transparente.
É preciso expulsar os morcegos, mas para isso você deve abrir as janelas e as portas de sua casa. É preciso ser transparente. Não deixe que o orgulho o torne falso, não deixe que a religiosidade o torne hipócrita. Deixe a luz de Deus entrar nos quartos e salas de sua vida. Não se tranque para o Espírito de Deus, pois Ele quer te abençoar!