quarta-feira, 18 de junho de 2008

HUDE MEU ETERNO "GENTLEMAN" CANINO

COMPARTILHO COM VOCES UM TEXTO QUE AINDA NÃO PUBLIQUEI, MAS DIANTE DA PERDA QUE HUDE ME FEZ, TOMO CORAGEM E APRESENTO O QUE EU APRENDI COM O HUDE. É UM CACHORRO, PODE SER LOUCURA, MAS É VERDADE. VÊ SE APRENDE VOCE TAMBÉM.

Capítulo 04 Hude: Capacidade de pedir carinho.

Sempre cuidei mais de cadelas porque as achava mais carinhosas e caseiras. Os machos bagunceiros eram fugitivos demais e faziam xixi em quase toda a casa. Mas quando recebi um macho daschund de herança de minha tia, eu pude perceber que toda regra tem exceção.
Hude era o seu nome, e totalmente contrário ao seu adjetivo vocativo ele era um cachorro adorável e educado apesar de ser ansioso, talvez seu pior defeito. A ansiedade de Hude o levou a destruir coleiras, sapatos, bancos de carros e almofadas. O que viesse e o tirasse do serio ele consumia. Caçar rato era sua diversão, adorava rancar folhas e galhos das plantas onde eles subiam. Hude pulava como canguru para intimidá-los e tentar pega-los, mas não adiantava, pois quase sempre não pegava nada. Hude não matava ratos e não mordia ninguém, ele era da paz.
Mas o que Hude me ensinou foi a ter a capacidade de pedir carinho. Cada vez que eu chegava com o saco de ração para distribuir nas vasilhas, Hude me olhava alegremente e soltava um Hummm! Canino. E perto da tigela ele colocava seu nariz, que não era pequeno na minha mão que tirava ração e colocava na vasilha. Depois de um tempo eu vi que ele queria simplesmente que eu desse ração em sua boca. Para ele uma forma de carinho. Então eu passei a colocar ração em minha mão e então ele as pegava e comia numa rapidez. Feliz, ele mexia a cabeça e uivava. Suas orelhas estralavam. Ele pediu carinho e eu estava atendendo o seu pedido. Não como uma garçonete, mais como uma mãe que ouve o pedido de carinho de seu filho.
Pedi e dar-se vos á. Quem não chora não mama.
Lembro que meu irmão sempre antes de dormir pedia para meu pai ou minha mãe coçar. Como ele era carente! E ele colhia um grande afeto de meus pais. Ter a capacidade de pedir carinho talvez seja um dos talentos mais importantes para os dias de hoje, cada vez mais cheios de supérfluos relacionamentos. Talvez a depressão seja o mal do século XXI não porque o homem não sabe dar carinho mas por não ter a capacidade de pedir carinho. Ter a capacidade de dizer que está fraco e depende de alguém, do amor de Deus.
Peça carinho assim como o Hude! Deus ama os seus filhos e entrega-lhes as bênçãos como forma de carinho e amor. Tenha coragem de dizer para os teus amigos e amores que sua vida está carente, que precisa de seu afeto e que a  vida vale mais a pena se for vivida com muito carinho e  o amor  de Deus.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Como chegar chegando!

Estava eu, ontem 27 de março, no Banco da Ufma toda intertida com meu pensamentos levianos do dia a dia, quando fui surpreendida por uma toada. É! Uma canção entoada por alguém que acabara de chegar se expandiu por todo banco. E a musica era forte, vibrante, maranhense, tinha o requebrado do cacuriá e os versos de prosa do bumba-meu-boi. Quem cantava era uma jovem idosa de aproximadamente 80 anos, que com sua musica, retirou dos rostos cansados um sorrizo. Dos olhos aflitos, uma observação calorosa, dos pensamentos levianos, um momento de reflexão.
Sua alegria era tão contagiante que qualquer que virasse para observá-la se transformava. Suas cantigas invocavam, incentivavam, contagiava. Ela poderia estar embrigada ou estar em seu dia de loucura, ou simplesmente querer aumentar o seu ego? Sim. Era uma artista. Ela saiu dando bombons para os funcionários, que mais tarde voltariam para sua rotina. Mas como os doces que ela mesmo entregou, sua chegada adocicou a manhã de todos. E é assim que devemos chegar chegando. Fazendo a diferença. É dificil, é para poucos. Mas temos que pelo menos aprender com isto.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008


29 de fevereiro

Há eventos que acontecem de quatro em quatro anos. São acontecimentos que necessitam de nós e de nossas emoções.

O mais conhecido deles são as olimpíadas que por sinal será este ano. Atletas de todas as nações em busca de um simples olhar, uma alegre palma, um leve suspiro que exalte sua cultura, sua nação e sua vaidade, correrão e levarão seus corpos e suas almas até o limite chamado: força.

A Copa do Mundo é sem dúvida o que mais chama a atenção de nós brasileiros. Jogadores de seleções espalhadas sobre o globo, cantarão o hino nacional e vestirão a camisa como se fossem bandeiras, e puxarão seus corpos e suas almas até o limite chamado: raça.

As eleições são também de quatro em quatro em anos. Canditados de toda raça, credo e cor lutarão em busca de nossos votos de confiança, de esperança e de futuro. Apertarão seus corpos e violarão suas almas até o limite... Até o limite, NÃO! Além do limite do cartão, além do limite chamado: país. Além do verbo no presente: EU Governo!

Por fim o último evento é o próprio ano bissexto. Ano que nos concede mais um dia em nossas vidas: 29 de fevereiro. Dia especial como todos os dias. Mas este dia deve ser marcado como dia do feedback da empresa chamada Brasil. Há quatros anos o Brasil era diferente. Daqui a quatro anos será outro Brasil? O que ainda precisa mudar? Como estaremos no próximo 29 de fevereiro?
Para mudar precisaremos de força, de raça e de coragem, por mais que este adjetivo seja oposto de tímido, sinônimo de vergonhoso. Já que eles não têm vergonha de roubar, que nós não tenhamos vergonha de agir.
Lily Cardoso





















Lily Cardoso