A
|
No caminho para Juazeiro passeando pelo sertão pude ver através da janela do ônibus da JOCUM (Jovens com uma Missão) o quanto deve ser célere nossa ajuda pelos sertanejos. Eram árvores, vacas e vales secos, casas isoladas, e uma imensidão de terras sem frutos.
Entretanto água e alimento não são o bastante; eles necessitam ser amados, e incluídos no propósito de Deus de todos os seus filhos experimentarem uma vida de abundância. Para isso a missão integral, os projetos sociais, o conhecimento do amor de Deus deve ser inseridos nessa região carente e sedenta.
A tarde era destinada aos seminários de diversas áreas como: conhecendo a história e necessidades do sertão, implantação de igrejas, missão integral, exploração sexual de menores e adolescentes, entre outros. Numa dessas oficinas que participei ouvi algo triste e incomodante. O surto de abuso sexual de menores no sertão. Sendo a maioria das vezes cometidas pelos pais ou familiares. Muitos foram os exemplos de abusos, que se prolongam por anos. Grandes são as dificuldades para se denunciar, prender, e julgar esse crime. Cultura, medo, grupo organizado. Quando a igreja deixará de ser expectador desse mal que divide e mata as famílias do sertão?
Como uma recém jocumeira, os desafios são enormes. A meta de evangelismo desafiadora e a fragilidade do sertão inquietante. Porém esse evento serviu para mostrar que não tem idade, cor ou dom específico para pregar no sertão. Porque como foi pregado no evento o modelo tem que ser somente Jesus Cristo, a metodologia é o Espírito Santo de Deus. Temos que falar como eles, buscar possuir a mesma fragrância e se alimentar da mesma fonte: Deus Pai. É na simplicidade que se pode conquistar o coração do sertanejo.
Para os que estavam no evento não espere a trombeta tocar, ore pelo sertão. Para aqueles que não puderam ir orem para que o sertão tome posse da benção que o Senhor tem reservado para seus filhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário