Eu
amo contar histórias para crianças e uma
em especial eu não canso de falar. O testemunho de Sadraque, Mesaque e Abede-nego
na fornalha constitui um dos mais emocionantes contos da Bíblia. Revendo a
história eu pude entender porque ela é tão
importante, pois além de ser um exemplo de atitude e de fé esta história me
convida hoje a refletir sobre música. Pode parecer estranho mas eu tentei tirar
algo de novo nesta história.
A música na bíblia se apresenta de diversas maneiras,
porém nesta passagem, Daniel 3, ela foi
usada para ser fundo musical de um pecado. A idolatria. Um som da cítara, da
flauta, do trompete, trombeta , harpa e
de todos os instrumentos era um sinal
para se curvar e adorar. Muita gente se rendeu, muitas nações venderam seus valores
e adoraram a estátua feita pelo Nabucodonosor. O interessante é que nesse
momento de adoração ao rei eles utilizaram aquilo que era de melhor e eu imagino que a
junção dos instrumentos de corda, sopro e muitos outros foi uma majestosa harmonia.
Mas os nossos amigos eles não estavam
preocupados com a beleza estética, ou instrumentos, ou o momento especial porque
dentro deles vinha uma canção maior que faziam
cantar a verdadeira adoração somente ao Senhor. A música cantada por
eles eram: a atitude de não se prostrar. E o mais lindo desta adoração era que
eles não iriam se defender diante do rei, porque eles já tinham defesa. Nossa! Que
adoração radical , temer mais a Deus do que a morte.
Eles foram jogados na fornalha, mas como eu falo para as crianças essa não é
uma história de terror. Eles ficaram vivos na companhia do Anjo do Senhor,
o próprio Deus. Nada neles foi queimado.
Hoje temos a tendência a buscar
adoração somente nos momentos especiais de música, instrumental, de louvor, onde
cantamos letras que nem sempre concordamos de fato. Esperamos por músicas
diferentes, com poemas ritmados, porém não somos capazes de defender aquilo que
é a verdade, de sermos e vivermos a
verdade que é Jesus. Sem perceber acabamos sendo conquistados pelo som do orgulho,
do antropocentrismo, da vaidade. E o resultado é que amamos mais a vida do que
a Deus.
A verdadeira adoração é fruto de atitudes
que geram oportunidades de glorificar a Deus.